Explicando as razões da iniciativa, Jaime Nogueira Pinto referiu-se à longa e persistente hegemonia cultural da Esquerda, uma hegemonia que já vem desde antes do 25 de Abril e se mantém na Academia, sobretudo nas chamadas “ciências sociais”, e na comunicação social.Foi para quebrar a ideia de que não houve nem há vida cultural, política (ou até cerebral) no além-esquerda que se pensou a Crítica XXI, que dá agora os primeiros passos com o lançamento da Revista.
Portugal é há quase meio século governado pelas esquerdas. Se estendermos a ideia de poder ao campo cultural, podemos dizer que esse domínio é até anterior à Revolução e permanece mesmo quando as direitas governam.
Disto não resulta apenas que as direitas e o seu pensamento sejam mal conhecidos; resulta uma atmosfera cultural e mediática acomodada e maniqueísta sem espaço para a interrogação crítica.
Crítica XXI quer dar a conhecer a tradição intelectual das direitas e os seus desenvolvimentos actuais, olhando para valores, ideias e princípios com liberdade incondicional.