NÚMERO 1 . OUTONO 2022
ARTIGOS
Neste número de Outono de 2022 da revista Crítica XXI, Jaime Nogueira Pinto recorda o seu itinerário e os itinerários de uma Direita quase sempre desconhecida e maltratada.
José Luís Andrade, em “Nacionalismo: um retorno?”, fala da reinvenção e do regresso de ideias prematuramente descartadas, como a nação e o nacionalismo.
Carl Schmitt, o pensador filósofo da essência do Político, da relação Amigo/Inimigo, é evocado por Alexandre Franco de Sá nos 100 anos da publicação da sua Teologia Política: quatro capítulos para a doutrina da soberania.
Mas nem só de ideias vivem e morrem os homens: na ofensiva discreta, mas insistente e permanente, para mudar a sociedade portuguesa, a Esquerda aposta na cultura da morte. Em “Eutanásia: Morte da pessoa e do direito” Mafalda Miranda Barbosa faz a crónica dessa morte anunciada.
Duarte Branquinho evoca o papel da Nouvelle Droite de Alain de Benoist na acção de desconstrução da Esquerda e na genealogia das direitas e da Direita em “De um livro a outro, o exemplo da Nouvelle Droite”.
Neste ano de 2022, que é também um ano camoniano – o 450º aniversário de Os Lusíadas –, Carlos Maria Bobone pergunta e responde “O que são os Lusíadas n’Os Lusíadas”, desmontando algumas interpretações ideológicas do poema.
Alexandre Herculano é a grande figura do intelectual interventor do liberalismo português. Rui Ramos, em “Isto dá vontade de morrer”, traça o seu perfil, a sua vida e o seu papel passado e presente na cultura portuguesa.
RECENSÕES
A trilogia dos Padrinhos de Francis Ford Coppola é um marco fundamental da História do Cinema e um retrato da sociedade americana vista da sua marginalidade. Miguel Freitas da Costa fala de The Godfather nos 50 anos da sua estreia.
A Escola de Frankfurt, o mais que famoso Institut für Sozialforschung, foi fundada há quase um século. Theodor Adorno, Herbert Marcus, Walter Benjamin, György Lukás são nomes ligados ao Think-Tank que pretendeu rever e actualizar o Marxismo. A propósito, José Maria Cortes faz a recensão do livro The Dialectical Imagination – A History of the Frankfurt School and the Institute of Social Research, de Martin Jay.
Só uma grande escrita poderia redimir uma personalidade tão marginal como Louis-Ferdinand Céline, que é, com Proust e Joyce, um dos grandes renovadores ou revolucionários da literatura do século XX. Guerre, um dos seus escritos póstumos, é um romance breve, mas onde está bem inscrita a marca de Céline. Jaime Nogueira Pinto explica porquê.
Em “Ulysses, de James Joyce – a recensão que Pessoa não fez”, Inês Lage Pinto Basto lembra os cem anos do lançamento de Ulysses e a forma como o livro foi então recebido, abrindo paralelos entre dois autores capitais do século XX a partir de uma breve nota de Fernando Pessoa sobre “a arte de James Joyce”.
Por fim, Carlos Maria Bobone escreve sobre As Doenças do Brasil, romance de Valter Hugo Mãe que aproveita a moda intelectual vigente para lavrar uma história sobre as culpas do homem-branco no mau-trato dos índios e na dissipação das culturas nativas do Brasil.
DIRECÇÃO JAIME NOGUEIRA PINTO E RUI RAMOS